Para restabelecer a união entre os clubes e evitar a ameaça de naufrágio do movimento ainda no seu surgimento, membros da Primeira Liga lançaram uma articulação para convencer o Cruzeiro a voltar atrás na decisão de abandonar a entidade, anunciada na quinta-feira pelo presidente Gilvan Tavares. Além de se dizer descrente da viabilidade financeira da competição marcada para começar em janeiro de 2016, Gilvan, que presidia a Liga, rompeu depois que o presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, foi alçado pelos demais membros ao posto de co-presidente.
Clubes podem destituir Petraglia para Cruzeiro voltar à Liga
12-12-2015 07:35Agora, os clubes admitem rever a decisão e retirar o cargo de Petraglia para convencer o dirigente mineiro a retornar ao movimento. Ontem, os presidentes do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e do Fluminense, Peter Siemsen, telefonaram a Gilvan Tavares para articular a volta. O presidente do Cruzeiro admite a reconciliação, embora seja contra a realização da liga em 2016.
— Se voltarem atrás (da indicação de Petraglia ao comando), se quiserem consertar, fazer uma coisa como era na origem, com harmonia, o Cruzeiro pode voltar, estou disposto. Mas acho difícil realizar o campeonato ano que vem: o calendário da CBF já está definido, não se vendeu os direitos de TV… — disse Gilvan ao GLOBO, contando seu descontentamento em dividir o comando com Petraglia. — Eu era o presidente, cheguei para a assembleia (no dia 26 de novembro) e o Petraglia tinha feito campanha com todos os outros presidentes para ser nomeado, e todos aceitaram tranquilamente, sem eu saber de nada.
O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, é outro que está empenhado em convencer o Cruzeiro a voltar à liga.
— É muito ruim que o Cruzeiro saia, até simbolicamente. Se não tivermos a mínima capacidade de nos agruparmos e debatermos, é um fracasso. Devemos fazer uma autocrítica, ver se não houve um erro de encaminhamento naquele processo e trazer o Cruzeiro de volta, eventualmente até voltando atrás (da nomeação de Petraglia) — afirmou.
Fonte: O Globo
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